segunda-feira, 16 de abril de 2007

Imersão, Avatar e Ciborgue


Imersão é o termo utilizado na área virtual para se referir ao ato de entrar, mergulhar dentro dos sons e imagens geradas pelo computador. Diferente dos livros e filmes, a imersão possibilita mudar o rumo da história, ocorrendo uma interação. Povos de língua inglesa usam o termo agenciamento (agency) quando, durante a imersão, ocorre a sensação de estar dentro do ambiente virtual. É o suor das maõs, raiva, aflição, sensação de frio...

Confira um artigo de Frederick van Amstel sobre Imersão:
http://webinsider.uol.com.br/index.php/2003/12/06/imersao/

Originado da mitologia indu, o termo avatar é utlizado para designar a representação virtual do usuário no ciberespaço. Segundo Prado, “o termo avatar é utilizado para representar corpos virtualizados que, "incorporados" pelos usuários, muitas vezes assumem múltiplas identidades na interação propiciada pelos mundos virtuais”.
Devido o fato da web ser bastante extensa, pode-se criar o avatar que quiser, que às vezes chega a ser tão superego ao ponto de fazer coisas que a pessoa verdadeira não teria coragem. Serve como uma máscara, que se pode colocar e tirar no momento que sentir vontade, como por exemplo, a diferença da relação com uma pessoa de extrema intimidade e outra com nenhuma.
“De acordo com Dertouzos (1997:101) um avatar é ‘uma representação do outro’. No caso dos computer games, os avatares seriam representações vicárias dos jogadores, materializadas no ambiente do jogo pelos personagens assumidos pelos usuários, que interagem na cena.” - Cláudia Presser Sepé
Uma questão polêmica é se existe avatar dentro do personagem. Diante da discursão gerada na sala, durante a aula de Kaorí, acredito que existe sim, mas até certo ponto. Quando um ator, por exemplo, age exatamente como se pede no script, faz coisas nada a ver com sua personalidade, ele está sendo apenas um personagem, fazendo sua parte como ator. Mas quando o personagem responde por uma pessoa, existe avatar dentro dele, pois estará agindo por trás de uma mascara, tomando atitudes que não teria coragem se não fosse essa representação e acaba interferindo e mudando a história.
Avatares no filme Mtrix?!?

Ciborgue é um termo utilizado para caracterizar qualquer um que depende do computador para realizar trabalhos diários. É quem usa bomba elétrica, tem perna mecânica, implantes, marca passo... ou pode ser o Robocop, Pinóquio, Edward mãos de tesoura, Inspetor Bugiganga...
“Existem duas linhas de pesquisa que defendem os conceitos de ciborgue. A primeira aponta para a emergência de um corpo/sujeito entrelaçado com a máquina digital, o ciberespaço, nela projetado, como uma espécie de projeção da consciência e do pensamento, sem, contudo, desligar-se de um corpo/objeto, mas, tendo neste último, uma âncora e uma referência para a construção de novas sociabilidades. A segunda aponta para um entrelaçamento, tanto do corpo/sujeito quanto do corpo/objeto com a máquina digital, representado por uma tela ou um ícone, pressupõe o fim da corporeidade física.” – Claúdio Xavier.
Imagem retirada do site: www.fasticon.com/avataricons.html

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